sábado, 6 de agosto de 2011

mengão 1 x 0 c*ritiba (a chronicle)

o mengão alucinadão tinha o melhor ataque do certame. vinte e sete gols.
o c*ritiba tinha o segundo melhor ataque do certame. vinte e cinco gols.
claro estava que seria um tanto injustus o jogo no engenhão terminar em zero.
demorou um bocado. chegou a parecer que não ia dar mais. o jael entrou aos trinta e sete do segundo tempo. aos trinta e nove, jael meteu a pelota na trave do edson bastos. aos quarenta e quatro, jael meteu no barbante. e que tu não percas a conta: vinte e oito gols do flamengo em quinze rodadas de brazileiro-2011.
e amanhã a gente vê o que acontece com a ponta da classificação. tem tempo.
hoje o clube de regatas do flamengo se fez presente ao engenhones, para abrir a décima-quinta rodada, com felipe no gol; wellington e david na zaga, leonardo moura pela direita, junior cesar pela esquerda; williams e muralha na cabeça de área, renato pelé e thiago neves no meio; ronaldinho gaúcho e deivid no ataque.
e olha que o flamengo não jogou como nas últimas vezes...
pra tu veres que não dá pra folgar e falar bem de vagabundo. que no dia seguinte, já no dia seguinte, malandro vai lá e inventa moda. p*rra, luxerley, tinha mesmo de botar o muralha no time?
não me entenda mal: sou fã do muralhão. só que ele estava nos juniores até a semana passada, literalmente a semana passada, e dali o lux enfia o garoto na fogueira sem dó? pense comigo. se o aírton não podia jogar e o williams estava de volta, era repetir o esquema caretinha da quarta-feira: pelé fecha a defesa e permite que bottinelli e thiago neves se entendam mais à frente. simples. se isso deu cierto contra o cruzeiro em minas geraes, por que não daria cierto contra o c*ritiba no rio de janeiro?... não estamos em hora de inventar pardalices. jogando duas vezes por semana, não pode ter truque na escalação. o time jogou na quarta, folgou na quinta, treinou na sexta, jogou no sábado again. quando o muralha pôde treinar e se entrosar com a rapaziada?
enfim. o primeiro tempo foi sofridinho. o c*ritiba aplicando sobre o fla a mesma tactica que temos usado nesses últimos dias: marcar o adversário lá no campo dele. abafar. o jogo ficou amarrado, meio bumba-meu-boi, meio pinball, meio feio de se ver. nossa retaguarda constantemente assaltada pelos visitantes folgazões - e dando bico pra frente - retroalimentando todo o processo.
mas essa estratégia, ao mesmo tempo, roubava do próprio c*ritiba sua alma mais lethal. a saber, seus velozes ataques. de modo que o fla, talvez pela primeira vez na competição, teve menos posse de bola que seu oponente. (isso mudaria na segunda etapa.) nós só conseguimos botar a bola no chão já passada meia hora de confronto.
luxerley consertou seu erro no intervalo. em momento algum muralha conseguira se encontrar, mesmo dando gás, se esforçando, até buscando o ataque como fazia o luiz antonio. muralha que fique de boa. mais adiante ele volta.
e lá foi o mengão com bottis ao lado de neves pra etapa complementar. e pelé recuando e tal. era o mesmo desenho de meio-campo que vimos contra o cruzeiro. a defesa agora estava mais bem plantada. porém a magia se recusava a se repetir. o jogo ficou mais solto, mais arejado pro nosso ataque. e aí o neves fez uma falta danada. neves e bottis pouquíssimo inspirados. e o gaúcho, quando conseguia se desvencilhar do marcador exclusivo que lhe deram, mostrava-se total deskalibrado nos passes. faltava ao time o punch de decidir.
e o c*ritiba tratava de levar de buenas o empate na bagagem. cedia espaço para o flamengo. deixando o ponteirinho do relógio correr. e o danado corria um bocado. luxerley demorou demais pra mexer. só aos trinta e tantos tirou deivid e neves. entraram jael e diego maurício. e só resta te dizer que nem parecia - mas aí o luxerley sabidão estava a ganhar a peleja.
finalzinho de jogo. williams deu um passe que o neves não tinha dado o jogo inteiro. e o jael entrou pela área com uma tesão que o deivid não tinha demonstrado o jogo inteiro. bola na trave. aí, meu caro, o gaúcho encontrou uma brechinha na marcação. e foi uma brechinha mínima. pequenina e bem parecida com aquela que ele tinha encontrado diante do cruzeiro. foi uma bola só. e foi a bola do jogo.
foi parar exactinho lá na testa do jael, o cruel.