domingo, 12 de junho de 2011

atlético paranaense 1 x 1 mengão (a chronicle)

o clube atlético paranaense tinha jogado três vezes no campeonato brazileiro-2011 e perdido as três. o quarto compromisso: flamengo, hoje, em c*ritiba.
o flamengo que há trinta e sete anos não ganha do atlético por lá.
tudo se resolveu conforme o esperado. agora o atlético tem, pelo menos, um pontinho para ostentar na zona de rebaixamento. e o flamengo colecionou seu terceiro empate seguidão, o terceiro em quatro jogos. professor luxerley, que é chegado numa invencibilidade, pode se orgulhar de seu mengus invictus: uma única derrota em seis meses etc.
e em queda libre na táboa de classificação do nacional: já ocupa a décima-primeira colocação, com a metade dos pontos (seis) do überlíder são paulo.
hoje o clube de regatas do flamengo tentou (não muito) exorcizar seu fantasminha particular paranaense com a seguinte escalação... felipe no gol, wellington e david na zaga, leonardo moura na direita, junior cesar na esquerda; williams e renato pelé na cabeça de área, thiago neves e darío bottinelli e ronaldinho gaúcho no meio; wanderley de centroavante.
ou seja... com o retorno de thiago neves, que estava na seleção, e com a estreia de junior cesar, no lugar de egídio, atingimos aqui o onze que o professor luxerley disse esta semana ser o que há de melhor na gávea.
donde se tira que estamos um tantinho mal parados, não?
porque o jogo foi bem parecido com o que temos visto do mengo neste brazileiro-2011. assim que trilou o apito, o flamengo teve maior posse de bola e se espalhou em campo. um camarada que seja pouco habituado às peculiaridades do futebas até diria que o time de camisas brancas estava a dominar o jogo. bueno. estava, o flamengo, a dominar as acções. mas não o jogo. pois todo seu manejar de pelota redundava em nada, ou pouquito mais que nada. uma vez que não tinha chegada à meta do oponente. o mengo era como um belo cão de guarda, belo e desdentado.
mas logo essa errônea impressão de domínio flamengo se apagaria. com o passar do tempo, o time foi dimuindo o ímpeto e os atletiquenses foram assumindo a condição de mandantes. era constante o paniko em nossa defesa, a cada bola alçada na área, wellington & david chumbados ao solo.
um jogo parecido com aquele flamengo x corinthians paulista de uma semana atrás. com uma diferenza: as estokadas corinthianas eram mais certeiras, pois aquele é bem mais time que o atlético. y com mais uma diferenza: petkovic, aos trinta e oito anos e em quarenta em cinco minutos, jogou na sua despedida muito mais que o trio darío bottinelli, thiago neves & ronaldinho gaúcho jogou hoje.
o luxerley teve de meter seu mãozão já no intervalo. tentando corrigir o time b*nda que ele até a véspera alardeava ser seu melhor flamengo. trocou seis por meia dúzia: wanderley por deivid. e bottis deu lugar a diego maurício. uma tentativa de fazer as jogadas saírem pelas beiradas em vez de sempre se afunilarem pela meiúca.
as mudanças do intervalo surtiram efeito zero. o time estava morto em campo. com gaúcho & neves fazendo talvez sua pior exibição conjunta nesta temporada. e luxerley estava igualmente morto no banco de reservas. (mais tarde trocaria o apagadíssimo leo moura por galhardo, mais uma vez tentando puxar jogadas pelos lados.) para tu ver: lux ficava sentado ali com cara de mané. nada de ficar à beira de campo, xingando o juiz, xingando seus jogadores, como normalmente faz. curioso, não? (será que já está pensando em pedir as contas? hein?)
de modo que tudo já estava bem ruim quando junior cesar se fez notar em sua estreia. fez uma falta cretina na entrada da área. madison foi lá e meteu na gaveta. o gol do baixinho madison teve o peso de trinta e sete anos sem vitórias sobre as costas do time.
mas não dá para reclamar da sorte, não. porque escapamos da derrota justamente em nosso pior momento na partida. eram trinta e cinco do segundo tempo quando um moço do atlético se atrapalhou com uma bola fortuita, perto da lateral, e diego maurício foi esperto para bater-lhe a carteira. maurício desceu na velocidade e cruzou para deivid empatar. deivid. sim, deivid. como disse, não dá para reclamar da sorte, não.