quarta-feira, 9 de novembro de 2011

renato pelé & o mundo real

alguns jogadores de futebol têm imensa dificuldade em conciliar o mundinho de amigos & conveniências a seu redor com este grande mundo fora da bolha de plástico. o renato pelé, por exemplo. sua recente entrevista no ninho do urubu proporciona exemplos generosos de como a insidiosa síndrome de alheamento do mundo real pode se manifestar em simples jogadores.
atendendo às demandas dos colegas jornalistas, eis que renato pelé comenta sobre a experiência de ter ficado de fuera do time do flamengo justamente quando a p*rra da equipe cumpre sua mais espectacular jornada em meses (a goleada sobre o cruzeirinho) e logo emenda uma autodefesa, demonstrando como ele é fundamental pro fla. ou melhor: demonstrando como ele entende ser fundamental pro fla. - o senhor tem medo de ser barrado, pelé?
Medo não tenho, a gente tem que ser igual para o time. Cabe ao treinador decidir, para mim é normal. Mas apenas pelo fato de um jogo que não participei... Não sei o porquê da pergunta, mas os meninos entraram bem. Poderia lembrar outros jogos que joguei, falar outra coisa do tipo. Mas não me incomoda. Venho fazendo parte do time, minha maneira de trabalhar será sempre a mesma.
mas te dizer que o mais curioso neste caso, pobre pelé, não chega a ser o discurso atravankado do jogador, nem as ideias desconexas, nem mesmo a falta de jeito ao tratar dos colegas thomás e muralha (genericamente "os meninos"). deixemos pelé pra lá. o curioso neste caso é como o professor vanderlei luxemburgo - um profi$$ional que recebe quinhentos paus por mês - pode se fiar nessa estorinha e pensar em escalá-lo novamente um dia.
renato pelé que fique falando sozinho. já passou da hora. agora quero ver é o luxerley justificar o salário e fazer o que dele se espera. quero ver.