quinta-feira, 28 de julho de 2011

no man left behind

teve um momento, lá na vila belmiro, em que o luiz antonio parecia ser o único jogador do flamengo com os nervos no lugar.
o clube de regatas do flamengo entrara no urbano caldeira para encarar o santos futebol clube: bicampeão paulista, campeão sul-americano. o time sensação das últimas duas temporadas.
o flamengo queria jogar de igual pra igual e tal petulância estava a nos custar caro, bem caro. neymar aprontava o diabo no vazio entre wellington e leonardo moura. borges entrava como queria, grande área a dentro. angelim devia estar pensando em se aposentar mais cedo do que imaginava. ganso e elano espichavam bolas na zona do agrião. felipe ficava de cara com os santistas a cada vez.
foi quando luiz antonio, o mais jovem de todos os jogadores rubro-negros em campo, foi quando luiz antonio, vinte anos, descobriu que dava para aproveitar o ímpeto alvinegro e cair para cima do velho leo ali numa avenida em nossa ponta direita. luiz antonio desceu por lá três, quatro vezes. cruzando pro deivid perder gol feito. batendo direto para a meta de rafael. até que o gaúcho despertou e foi ele, ronaldinho gaúcho, para a pequena área santista receber a bola de luiz antonio. e aí o resto do time acordou também com aquele gol. e o moura passou a subir pela avenida leo ele também. dali saiu o segundo gol. e dali acordamos para o jogo. para o grande jogo.
obrigado, menino luiz antonio, por mostrar aos seus colegas mais experientes onde estava escondido o caminho para voltarmos à partida. obrigado por não baixar a cabeza. e obrigado, claro, por honrar esta camisa vermelha e preta.
todas as batalhas têm lá suas baixas. volte logo, garoto, que tem um lugar para ti ali no meio de campo. estamos te esperando.