quinta-feira, 26 de agosto de 2010

mengão 0 x 0 atlético mineiro (a chronicle)

o jogo foi tão miseravelmente ruim e seu placar final, tão lastimável, este time do atlético mineiro é tão indigno da história do clube que eu simplesmente não posso, não quero levar a sério os milímetros de melhora que o flamengo apresentou esta noite.
o calouro diogo, que chegou na gávea segunda-feira, se movimentou bem e pode nos ajudar em futuras jornadas. rafael galhardo, que entrou fora de posição no segundo tempo, fez jus ao nome e tocou a bola com a galhardia que os titulares não tiveram em momento algum. e a dupla de zaga, jean e angelim, esbanjou sobriedade e personalidade a cada jogada.
vem cá, tudo isso é verdade, tudo isso é mesmo facto?
ou será que diante desse esculhambado atlético nada disso tem a menor garantia por demasiado indigente o adversário enfrentado?
marakas esvaziado, noite de quinta-feira, décima-sexta exaustiva rodada do brazileiro-2010. o clube de regatas do flamengo se fez representar por marcelo lomba no gol, jean e ronaldo angelim na zaga, leonardo moura na direita, juan maldonado na esquerda, correa e williams na cabeça de área, petkovic e renato no meio, diogo e leandro amaral no ataque.
o cargo de rogério lourenço está por um fio e o time, dentro de campo, se mostra incapaz de segurar o seu chefe no emprego. rogério fez mistério sobre a escalação, treinou às escondidas, deixou escapar que poderia até mesmo mudar de esquema tactico... e sabes tu o porquê de tudo isso? por nada. pra nada. o time foi o mesmo oceano de marasmo, o mesmo deserto de criatividade, o mesmo estéril manejar de pelota a que estamos acostumados.
tivemos essas possíveis melhoras que mencionei. principalmente diogo na primeira etapa. mas perceba que rogério teve a moral de colocar quatro jogadores fora das melhores condições justamente na porção mais critika do time - do meio para a frente. lá estavam os balzacos pets, renato e leandro amaral. dentre esses senhores, aquele que mais correu atrás da bola e se apresentou para jogo foi o último, justamente o sujeito que ficou um ano sem jogar futebol. pena que amaral voava no ar e se estatelava no chão a cada dividida com um dos três beques atleticanos. isolado entre esses três capengas rubro-negros, o moço diogo realmente ardia a pura brasa da vitalidade fisika - mesmo que ele tenha pedido para não jogar hoje, pois estava ainda voltando de férias no futebol europeu.
(aliás... que p*rra juan maldonado ainda faz no time do flamengo, hein?)
não é de se estranhar que a entrada de rafael galhardo, lateral direito da equipe de juniores agora transfigurado como meia-atacante, tenha chegado a incendiar o time no começo da segunda etapa. por que foi isso o que se viu: um flamengo dono da bola e do espaço no primeiro tempo, mesmo que nada conseguisse fazer para chegar bem à meta oposta, e um flamengo já desgastado e levado aos solavancos no segundo tempo, mesmo que o atlético tenha sido perfeitamente incapaz de tirar proveito de nossas limitações.
porque ainda mais limitado se mostrava o atlético, refém de veteranos marrentos como diego souza, diego tardelli e o sangue de barata ricardinho - trio que minou as (não poucas) possibilidades de contra-ataque da equipe visitante. mesmo assim, volta e meia lomba era chamado a intervir, e foi bem - à exceção de uma caçada de borboleta no finalzinho que quase pôs tudo a perder.
galhardo entrou no flamengo no lugar de correa, que cumpriu possivelmente sua mais apagada performance no certame. williams, mais recuado, continuava a correr como um celerado. mas errava dois a cada três passes - só não errava mais que o vinicius pacheco, que entrou com galhardo na segunda metade, mas que errou tudo o que tentou, três em três passes errados.
desse jeito, te contar, ou opera-se o milagre do futebol - deivid, deivid, deivid? - ou o flamengo já, já vai encontrar novamente o atlético mineiro. encontrá-lo na classificação. não que o atlético dê a mínima perspectiva de progredir da atual décima-oitava posição. mas o fla, congelado em décimo lugar, é que está fazendo uma força danada para (não) cair feito jaca madura.
(ah. sim... aos trinta e nove, val baiano acertou um voleio no travessão. seria esperar muito, né?)