domingo, 22 de agosto de 2010

atlético paranaense 1 x 0 mengão (a first half chronicle)

vale uma meia-resenha? uma resenha pela metade?
vou fazer que nem o time do flamengo e entregar meu trabajo nas coxas:
por conta de um compromisso previamente assumido, só pude ver o primeiro tempo do duelo rubro-negro entre atlético paranaense x flamengo. encontro válido pela décima-quinta rodada do brazileiro-2010. vi o primeiro tempo e me mandei até pinheiros pra ouvir pharoah sanders, o lendário faraó da avant-garde jazzy. alucina.
já o flamengo prossegue em seu papo-aranha: ganha e sobe duas posições, empata e cai duas posições, ganha e sobe duas posições, perde e cai duas posições. voltamos ao décimo lugar na tabela - agora um pontinho atrás do vaisco da gama - vergonha.
o clube de regatas do flamengo, há trinta e seis anos sem vencer o atlético em c*ritiba, se fez representar com marcelo lomba no gol, jean e ronaldo angelim na zaga, leonardo moura na direita, juan maldonado na canhota, correa e williams e renato pelé pelo meio, petkovic armando, leandro amaral e val baiano no ataque.
com este ataque, ninguém precisava ver o jogo inteirinho pra ter noção de que era pouco provável marcarmos gols. deivid & diogo podem ser a solução para isso. bem mais difícil certamente será fazer nosso meio-campo criar mais jogadas. o primeiro tempo foi de uma pobreza espiritual atroz. as chances, magras e humildes, apareciam em vislumbres de pets e fortuitas bolas esticadas de renato e williams. todas elas - que juntas não passaram de três ou quatro bolas - foram invariavelmente desperdiçadas por um val baiano nitidamente fora de forma, fora de tempo, fora de ritmo. como obina em seus last days na gávea. já o leandro amaral, te digo, não sei, não vi, não notei - esteve mesmo em campo?
e o time do atlético é tão aguerrido e tão explicitamente sem imaginação quanto o nosso. o que fez o jogo ser daqueles truncados. o petkovic deles é o paulo baier. e o treinador deles, o carpegiani, parece tão perdido quanto o nosso. mas carpegiani chegou lá dias desses, tu podes argumentar. já o rogério lourenço...
mesmo na indigência do primeiro tempo, o atlético deu pinta de que poderia aprontar. foram deles as duas chances: uma bola para fora de baier e uma na trave de maikon leite. daí em diante não vi mais nadja. mas bem posso imaginar o que se passou. já conheço esse filme.
talvez eu ainda veja o vetê na madrugada. até porque vou demorar um bocado pra dormir depois da gig desta noite.