Posso até queimar a língua – e tomara que isso aconteça – mas prefiro o Obina ao Vágner Love. E, detalhe, o Obina gordo, uns dez quilos de acarajé a mais. É claro que ele não é melhor do que o Eto’o, mas mal ou bem, e com todo o folclore e deboche da imprensa, nos deu uns campeonatos cariocas. O das trancinhas até hoje só vi balançar as redes dos Olarias e afins. Contra o Botafogo sua atuação foi decisiva. A favor dos caras, é claro. Perdeu uns dois ou três que, cá com minha implicância, o baiano guardava. Contra o Univesidad Católica chutou aquele pênalti lá do outro lado da rua. Será que ninguém o viu bater um contra nós mesmos, ano passado? Ele acertou o refletor do campo do Palmeiras uns 500 metros dali. Na quarta-feira, por incrível que pareça, achei-o melhor jogando mais atrás, tipo um meia recuado, quando estávamos com um a menos. Será que o cara é cabeça de área e a vida toda disseram que ele é atacante?
O Adriano está parecendo uma kombi cheia de sacos de cimento: acelera e vai vai vai daquele jeito, queimando óleo, fazendo esporro. Mas é o seguinte: se pega a ladeira na descida, esmaga quem está na frente.
O Juan… ô moleque seboso, que se acha o Júnior redivivo. Mas quando resolve jogar sério, funciona.
Bom mesmo foi ver o Léo Moura com aquela pinta de sujeito gente boa e comendo a bola. Se jogasse no ano passado tudo aquilo que jogou contra os chilenos, ‘tava na bagagem do Dunga.
E esse Fabrício, hein? Nem sei se o Angelim volta, a não ser num esquema de três na zaga, como pensa o Tromba para alguns jogos.
Pra encerrar e voltando a essa frescura de império do amor. Se o Flamengo, para se classificar, depender de saldo de gols, o culpado vai ser o Adriano. Que história é essa de dar pênalti pro parceiro bater? E Libertadores lá é solteiros e casados, pelada do povo do escritório? Convenhamos, no nosso time tem umas palhaçadas…
andré giusti é escritor e jornalista
http://www.andregiusti.com.br/blog/
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
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