quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

mengão 2 x 0 americano (a chronicle)

thiago neves entrou no time do flamengo e,
como que por puro encanto, o futebol se fez.
nã. que isso não existe no mundo. a entrada de thiago neves no time do flamengo apenas deixou claro o oceano de distância que existe entre nossas ideias espectaculares e aquele desporto que de facto acontece quando a pelota rola.
ainda bem que dona patricia amorim, que nesta temporada está mais afeita a frequentar estádios de futebol, esteve presente quando o clube de regatas do flamengo encarou o americano de campos esta noite, na novíssima arena do futebol fluminense, o estádio claudio moacyr azevedo, em macaé. partida válida pela terceira rodada da taça goanabara-2011.
com thiago neves, o flamengo de luxerley formou assim... felipe no gol, wellington e david na zaga, leonardo moura pela direita, egídio pela esquerda, williams e fernando goyas de volantes, thiago neves e vander e renato pelé no meio; deivid na frente.
desse jeito, nessa formação, o jogou durou vinte minutos, primeiros vinte minutos. tempo em que o fla tentava se encontrar: os três meias trokavam de posição, etc. então um caboclo do americano foi expulso. e luxerley (quinhentos paus por mês) achou que era a senha para que ele fosse mais malandro que a própria malandragem. fez o seguinte: tirou egídio, meteu pelé de lateral e promoveu a entrada de wanderley pra ficar mais dentrão da defesa alheia do que o sempre disperso deivid.
fosse eu o treinador do americano, meteria um ponta veloz ali pela direita e ganharia o jogo. mais realista do que eu, e provavelmente mais conhecedor do seu próprio time, o técnico deles fez justamente o oposto: se fechou numa retranka feroz e jogou fora a chave do cadeado. o americano, que já tinha três beques, agora trazia trinta e sete homens "atrás da linha da bola" (abrazo pro d*nga).
de tal modo que qualquer suspiro de graça & ofensividade, que o cotejo pudesse apresentar, foi por água abaixo. e tivemos daí um longo treinamento de ataque contra defesa. um jogo que, na real, considero mais válido e mais importante para a equipe do que o passeio do último sábado diante de um ameriquinha incapaz (hoje eles levaram goleada do resende, veja). mas chato pra burro de se assistir...
lá foi o mengão bater, bater, bater no rochedo até que, num momento, a pelota enfim entre. goyas teve baita chance de fazer isso, ainda na primeira etapa, mas a manha de querer sempre dar um toque a mais, um drible a mais, parece estar nos genes de sua família. williams também era importante válvula de escape naquele então.
gol, gol de verdade, gol só pintou no segundo tempo. quando neves já não estava mais. tinha saído exausto. deu azar, o neves. porque foi bem quando o americano deu uma patinada (mais gente dentro da grande área é também mais gente pra fazer besteira) e a pelota simplesmente sobrou para nosso centroavantão wanderley. dois minutos depois, já com a defesa arrombada, renato pelé bateu ligeiro uma faltinha e lá estava rapaz wanderley faceiro na área diminuta. pronto. acabou retranka, acabou americano, acabou treino, e acabou deivid também, hein?