quarta-feira, 21 de julho de 2010

mengão 1 x 1 avaí (a chronicle)

um jogo de futebol profissional tem o tempo regulamentar de noventa minutos. uma pelada de recreio no colégio, if memory serves me well, durava quinze minutos.
e o futebol do flamengo tem durado, aproximadamente, uns quinze minutinhos. o resto do tempo, a gente vai levando. um estilo que até pode dar certo, ocasionalmente, mas ou o mengão começa a disputar peladas com infantes ou este brazileiro-2010 vai ser triste. que nem foi triste este empate desta noite.
o flamengo mandou brasa para cima do avaí. blitzkrieg bop. durou quinze minutos. depois desse tempo, o time tirou o pé e foi deixando quieto... até simplesmente abdicar da disputa durante sua segunda etapa. levou o empate, de castigo, no meio das fuças.
o clube de regatas do flamengo entrou no marakas com o mesmo time que se apresentara no serra dourada. pela primeira vez na temporada, pudemos repetir a escalação. então, faço aqui como nossos jogadores e opto pelo mínimo esforzo. vai um ctrl C + ctrl V para isto: marcelo lomba às traves, wellington e ronaldo angelim na zaga, leonardo moura à direita, juan maldonado à esquerda, correa na cabeça de área, williams e kleberson na meiúca, petkovic de armandinho; vinicius pacheco e diego maurício à frente.
o apogeu futebolistiko rubro-negro foi o belo, belíssimo gol do menino diego maurício. assim: petkovic, cercado por três, deschavou a marcação num passe improvável até vinicius pacheco, que abriu velocidade, cortou um beque e mandou a pelota para a direita, onde estava leo moura a penetrar a área havaiana e, num toquinho pra trás en passant, deixar a bola à feição para maurício pegar de primeira, rasteiro, no canto oposto... golaço de diego maurício, o menino da camisa quarenta e nove! que emossão!
o flamengo arrebatou. vinicius pacheco caindo pela direita somava-se em insinuâncias com leonardo moura. (movimentação essa que não era repetida na esquerda entre juan maldonado e kleberson.) petkovic queria jogo e aparecia em todos os ataques. williams eram três, como nos melhores momentos de 2009. os catarinas, coitados, não conseguiam passar do meio-campo. o delegado antonio lopes, o popular cabeção, se esgoelava à beira do gramado, se esgoelava de um tanto que atrapalhava a transmissão da tevê. rude.
esgoelou-se tanto o cabecinha que, aos poucos, o hawaii foi acertando a marcação. e foi deixando o mengo se achar f*dão e amansar em campo. os caras não nos levavam muito perigo - exceto uma cobranza de falta bonitamente rebatida pelo lombástico - mas também não corriam mais grandes riskos.
(mesmo assim, poderíamos ter terminado o primeiro tempo com um melhor placar, não fosse um impedimento do kleberson, uma furada do pacheco, um olimpiko de pets que ficou no quase e duas defesas do arqueiro em tirambaços frontais de pets e williams. na segunda etapa, apenas uma falta matreira de petkovildo chegou perto desses lances em contundência e vibração.)
o flamengo, como acontecera contra o atlético goianiense, agora estava se fiando em sua suposta forza defensiva. antes que os camaradas empatassem, no segundo tempo, dois lances bizarros em nossa grande área serviram de prenúncio para o que ocorreria. ao dez minutos, capitão moura pisou em falso, sozinho no lance, deixou a bola lhe escapar, e estabacou-se de todo o comprimento no chão. aos catorze, correa surgiu pelo meio para aliviar uma bola e acertou um chutão exactamente nas costas do atacante, que se virava com receio da bolada, pois então o projectil esférico saiu pela culatra e voltou-se contra nossa meta como se fosse um cruzamento. sorte que, nesses dois lances, nossos adversários não estavam preparados para as lambanças e não souberam tirar proveito. o gol de empate acabou saindo de uma maneira bem mais prosaika, minutos mais tarde, numa cobranza de falta lááá do meio da rua.
antes disso, rogério lourenço já tinha - inexplicavel e indesculpavelmente - trocado pacheco por camacho. depois do empate, ainda meteria mais um volante, rômulo, sabe-se lá ao certo por qual motivo, razão ou circunstância. después, num rompate de otimismo ofensivo, entrou o cristian borja, o primo do rentería. me bateu saudade do maxi goiabinha, o primo do messi.
(só gostei quando kleberson foi embora, aos trinta e tantos, debaixo de indisfarçáveis e merecidas vaias. basta de kleberson, p*rra!)