domingo, 18 de julho de 2010

atlético goianiense 0 x 1 mengão (a chronicle)

o espectaculo fica para outra vez.
o flamengo fez o que precisava ser feito. simples assim.
neste brazileiro-2010, te garanto, ponto perdido pro atlético goianiense é ponto que não volta mais. o rubro-negro goyano é um time que disputa a divisão errada do futebol nacional. realidade essa que ficou patente no jogo desta tarde, num estádio serra dourado tomado pelo povo flamengo do planalto central. encontro válido pela nona rodada do brazileiro-2010.
practicamente a jogar em casa, o clube de regatas do flamengo formou com marcelo lomba às traves, wellington e ronaldo angelim na zaga, leonardo moura à direita, juan maldonado à esquerda, o debutante correa na cabeça de área, williams e kleberson na meiúca, petkovic de armandinho; vinicius pacheco e diego maurício à frente.
pois correa, como estávamos a dizer no post abaixo, entrou reforzando a retaguarda. leo moura e juan maldonado chamavam para si a missão de armar o time. e há tempos isso não ficava tão claro. kleberson e williams, esforzados no corpo-a-corpo, liberavam para os laterais as tarefas de sair para o ataque, abrir em profundidade pelas pontas, lanzar a pelota aos atacantes e puxar os contra-ataques. dejan petkovic, velho & matreiro, delegando aos amigos a tarefa de correr, a se poupar sob o solzito do centro-oeste. pets aparecia para bater faltas e escanteios.
menino diego maurício sabe se movimentar na frente. derivar, diria rob porto. com agilidade e naturalidade incomuns a seu parceiro pacheco, que é um meia veloz puxado pro ataque. numa de suas idas e vindas, maurício caiu pela canhota, entrou na área e apenas esperou o choque do atabalhoado zagueiro. penalty cavado.
bastou o juiz apitar a infração para pets tomar a bola em mãos. a galera, na arquiba, pedia "pet, pet, pet" em êxtase antecipatório. e nem precisava pedir. sem adriano, sem vagner love, pets é soberano no pedazo.
o gol de petkovic fechou a primeira etapa dando uma falsa aparência de que o flamengo esteve absoluto no serra dourada. não foi isso. pedro paulo e rodrigo tiuí (ex-fluzão) se esbaldavam na avenida juan maldonado. atacando sempre pelas pontas, cá e lá, o atlético-go escapava a largo de correa e de seu meio-campo combativo. estourando em cima de wellinton e angelim.
esse problema defensivo foi amenizado no segundo tempo. mas não da maneira que gostaríamos. precisando esboçar alguma reacção que fosse pra deixar a lanterna do certame, os caboclos vieram com forza. vieram de todos os lados. pelas pontas, e pelo centro também.
perdi as contas de quantos chutes, quantas cabezadas, quantos escanteios. apenas o capitão pituca (ex-brasiliense) isolou três bolas sobre o travessão de marcelo lomba. e lombástico teve de trabalhar pesado. rogério lourenço bem que tentou abrir um respiro com a entrada do internacional cristian borja. adiantou zero. salvo engano, o flamengo não deu um único e miserável arremate a gol em toda a etapa. e os camaradas não sairiam de cima de nós enquanto o juiz não apitasse o fim da peleja. sobrevivemos. essa é a palabra.
qualquer outro time - qualquer outro - teria, pelo menos, empatado a bagaça. há muito, muito trabalho a ser feito.
(deixo aqui meu abrazo pro valdivino de oliveira, exemplo de empreendedor e ilibado homem público.)