mas há uma novidade neste domingo pouca peia. uma novidade e tanto para a nação rubro-negra.
atenção: o kleberson assistiu a quase todo o jogo bem sentadinho no banco de reservas, só entrou no final, bem no finalzinho mesmo, e teve poucas oportunidades de atrapalhar nosso time. e ele entrou porque o juan maldonado tinha sido expulso, não fosse isso, talvez nem tivesse entrado at all.
essa sim é uma boa perspectiva para os jogos vindouros.
o clube de regatas do flamengo decidirá nas próximas duas, três semanas, seu futuro neste semestre. além do match contra o foguito (que pode nos ocupar três domingos), temos as próximas quartas-feiras bem cheias: universidad catolica em santiago e caracas no marakas, valendo nosso pescocinho na libertas-2010.
bueno. disso tudo falaremos nos próximos dias. tratemos agora do joguinho sem sal desta tarde.
o clube de regatas do flamengo se fez representar, num marakas bem vazio e carente de tesão, por bruno zousa no gol, álvaro e angelim na zaga, leonardo moura à direita, juan maldonado à esquerda, maldonado e toró e williams no meio, michael um passo à frente, vagner love e bruno mezenga no ataque.
como se vê, adriano imperatore de papo pro ar, maldonado de volta em boa hora, kleberson de fora, em ótima hora, um excessivo número de volantes no meio-campo e, entre petkovic e vinicius pacheco, andrade optou mesmo por michael.
a rapaziada acordou ligeiro. com cinco minutos de jogo, élton já estava dentro de nossa área a empurrar o juan e fazer um gol de cabeza sem constrangimentos. sorte que o juizão joão batista de arruda - que se revelaria um dos protagonistas desta trama - estava lá para bem soprar o apito da justiça e da verdade. então o mengão encheu-se de brio e mandou uma dupla penetração. mezenga desceu até o círculo central e de lá meteu um lindo passe em parábola para loverman vencer a linha burra da dupla vaiscaína titi & martinelli até que, de frente ao arqueiro prass, mandou a pelota a um palmo da trave. valeu o ensaio. dois minutos mais tarde, mezenga voltou ao meio-campo e fez tudo outra vez: meteu um lindo passe para loverman mais uma vez vencer a zaguinha vaiscaína e, agora do outro lado do campo, invadir a área chamando prass para dançar. um beque ainda deu de xandó na pelota, fazendo que ela entrasse bem no cantinho do gol.
pronto. o flamengo então fez o que faria diante do bangu. recuou os avantes, levantou os flaps, alinhou maldonado como um terceiro beque e deu todo o meio-campo para que o vaisco da gama desfilasse seu refinado toque de bola, seu apurado repertoire de jogadas. o meio-campo do fla, esse nós já percebêramos como funzionava. ou não funzionava. três volantes & o michael. e o meio-campo de nosso dileto rival, acredite, era ainda pior, com mais três volantes (souza, gago e carioca) bem mais toscos que os nossos, e o pobre do felipe coutinho incumbido de armar as jogadas e puxar os ataques. coutinho, do alto de seus dezessete anos.
o espectaculo, como bem se pôde antecipar, mostrou-se sofrível. de mediokre nível técnico. a tal ponto de o gol de empate ter surgido da única maneira que seria plausível. uma cobrança de escanteio e toda nossa defesa a ficar olhando martinelli (haha) projectar-se no ar.
andrade deve ter achado isso tudo muito bom.
o flamengo voltou igualzinho pra segunda etapa. talvez um tiquinho ou dois mais veloz na troca de passes. mas igualmente incapaz de finalizar. pensei que poderiam, pelo menos, fazer um gol antes de o tal do gaúcho (o treinador interino do vaisco imediatamente alzado à condição de efetivo após a derrota) meter carlos alberto no time e, daí, deixar o menino coutinho livre no ataque. não demorou quinze minutos e foi batata o que aconteceu. na primeira investida de coutinho na ponta-esquerda, ele fez o que quis com o torozinho e acertou a bola na trave.
enquanto isso, leo moura se divertia como meia-armador. williams foi visto de ponta-direita, tentando pedalar em cima da pelota, diante de um marcador, e quase indo ao chão. andrade achou que já estava de bom tamanho e tirou o michael (candidato ao posto de kleberson da partida pelo excelente desempenho) para a entrada do pets. foi bem constrangedor. pets foi pro pau numas de vai-lá-e-resolve, pois estava ainda empatado o placar, e te digo que foi muito se ele tocou três ou quatro vezes na bola ao longo de vinte e poucos minutos.
sorte que o juiz joão batista de arruda não precisava tocar na bola para se fazer notar. sua excelência apitou um penalty fajutíssimo em cima do moura. nosso artilheiro loverman foi bater e... fechei um olho de pura paúra... conseguiu acertar o arco.
pouco depois, o tal do gaúcho tirou menino coutinho de campo e assegurou nossa vitória. nesse momento o juiz arruda (nome de ladrão) estava completamente transtornado e chegou a expulsar o juan maldonado a troco de nada. os vaiscaínos ainda reclamaram de uma jogada em que o martinelli meteu a testa no braço do williams dentro da área, chorando um penalty tão ou mais kretino do que o de moura minutos antes. mas este arruda aqui é cabra bom e segurou a onda.
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