quarta-feira, 17 de março de 2010

universidad de chile 2 x 1 mengão (a chronicle)

e vou te falar um troço bem sério agora:
nosso estimado andrade tem que inventar alternativas mais inteligentes do que esta recorrente troca de vinicius pacheco por dejan petkovic. certo que pacheco, esta noite, estava fazendo bem pouco. mas menos ainda fazia, por exemplo, um adriano pesadão, lento e fora da área.
andrade tem poder de tirar adriano do jogo?
acho que essa é uma pergunta válida.
andrade pode fazer isso? marcos braz deixa? algo está previsto no contrato (nos contratos) de adriano ou de andrade?
e puxa vida... não seria este petkovildo-2010 a dar agilidade ao ataque do flamengo em momento ruim. infelizmente.
por isso perdemos para o universidad de chile esta noite, em santiago. por termos as cartas marcadas.
perdemos a mais complicada partida da libertas-2010 até o momento. perdemos o (primeiro?) desafio de verdade que se impôs em nossa campanha. um jogo que, valendo pela terceira rodada, tirou a lideranza da chave de nossa mão e a deu aos universitários.
não seria petkovic a mudar esse jogo. nem seria fierro (ex-colo-colo), que entrara minutos antes, logo depois do peru de bruno zousa, no lugar do sempre ausente kleberson. ah, o peru de bruno zousa... esse nem foi nosso maior problema. pra tu teres noção.
até quando vamos ficar com kleberson de titular? até quando vamos botar fierro pra mudar o jogo e não mudar p*rra nenhuma? até quando o vinicius pacheco será o primeiro a sair do time não importa o que esteja se passando em campo?
até quando vamos esperar o petkovic entrar em forma?
e o adriano, hein? o que vamos fazer com ele? entregar pra polícia? pro aa? pro d*nga? pro leslie leitão?...
perceba que o flamengo estava muito bem postado no início da peleja. perceba como desmoronou fácil.
para fugir de hostis terremotos, o clube de regatas do flamengo chegou horas antes da partida em santiago do chile. e se fez representar no estádio monumental com bruno zousa no gol, álvaro e fabrício na zaga, leo moura e juan maldonado nas laterais, um deslocado rodrigo alvim (?) na cabeça de área (!) mais williams e kleberson e vinicius pacheco no meio, mais adriano imperador e vagner love.
na prática: alvim mais à esquerda e williams mais à direita, secundando os laterais, fechavam a intermediária. enquanto kleberson caía para o ataque quase como um ponta direita. pacheco cobrindo o lado oposto. mas futebol não é futebol de botão, e o time parecia carecer de movimentação. o que não impediu, em duas cabeçadas fortuitas, adriano (sem querer) e lover (querendo) de quase abrirem o placar. porém, nosso império do amor estava fora da ordem. adriano saía da área mais que vagner love. troca de posição essa que não fazia, necessariamente, o time ser mais ligeiro na armação ou melhor na finalização. muito pelo contrário.
interessante é que a retaguarda rubro-negra parecia não se abalar com a pressão da turba universitária nas arquibancadas. mesmo williams, em suas intervenções de pura emossão, se manteve no limite da legalidade. e à medida que o tempo avançava, o fla assumia o controle do jogo e o manejar da pelota. o diabo...
el diablo é que, justo quando o mengão parecia ter tomado conta, os universitários do professor pelusso (matreiro) viraram a chavinha e fecharam a etapa num abafa miserável. foi quando saiu o gol. aos quarenta e poucos. adivinhe... ataque pela nossa esquerda e bola alta na área. todo mundo marcando o centroavante oliveira grandão - e quem fecha sozinho é outro cara.
mengão entrou em parafuso bonito. álvaro quase foi expulso no minuto seguinte, ao descer a lenha num camarada sem motivo algum. ficou no amarelo. brodagem do larrionda. e o apito do intervalo soou como o gongo a salvar o parvo boxeur ainda estirado na lona.
o flamengo nunca mais foi o mesmo. ficou grogue dali pro final. ali acabou a nossa aventura aos pés da cordilheira. para usar essa ideia fixa de terremoto, que nossos kartolas trouxeram à baila, pode-se dizer que o grande abalo tinha passado com o fim da primeira etapa. mas, como dizem os peritos, depois de uma aparente calmaria, ainda rolam uns tremores, uns soluços geologikos nos momentos posteriores. uma acomodação tectônica final.
na segunda etapa, ainda no comecinho, e ainda sem merecer, o fla empatou. depois de jogada de leo moura e love (em impedimento), a bola sobrou para alvim, no lugar certo. esse foi o grande momento de nosso "cabeça de área" na noite. a calmaria após o terremoto. faltava o treme-treme derradeiro. deu nem pra assimilar o empate. num ataque chileno que já parecia resolvido, a bola sobra lampeira para um caboclo chutar do meio da rua. meio de qualquer jeito. chutar só pra ver o que rolava. e o que rolou foi um peru daqueles que bruno zousa gosta de jantar de quando em vez.
pronto. a festa voltou ao monumental. os universitários se encheram de vento. o mengo miou.
voltaram os passes errados, lover prendendo a bola quando não devia, pet querendo fazer bonito de calcanhar, adriano roxo sem ar. y alguién ha visto fierro? o fierro estava a brincar de esconde-esconde, debe ter aprendido a jugar com kleberson.
te digo que é realmente frustrante que, logo no primeiro desafio realmente importante, a gente venha a fracassar de maneira tão estúpida. com nocaute no primeiro assalto, um gongo pra salvar a pele, e um bem fornido peru no segundo assalto.
em duas semanas, teremos a volta, the rematch, no marakas. a ver. quantos quilos adriano pode perder em duas semanas?