quarta-feira, 3 de março de 2010

mengão 2 x 0 madureira (a chronicle)

é para se perguntar de que p*rra serve um jogo como este.
três de março, data fortemente simbólica do calendário rubro-negro. aniversário do inigualável arthur antunes coimbra. fosse este um país justo, a dar valor aos verdadeiros heróis de sua história, seria feriado em todo o território federal. nada de practicas desportivas. mas... enfim... como o desdém é esporte nacional, como num dia qualquer, uma noite qualquer, o clube de regatas do flamengo apresentou-se com um time meia-boka num marakas bem vazio. o adversário era o sempre querido madureira, o tricolor suburbano. segunda rodada da taça rio-2010.
com adriano imperador e kleberson entregues à d*nga tour, o mengão formou com bruno zousa no gol, álvaro e fabrício na zaga, leo moura e juan maldonado nas laterais, mais toró, fernando goyas, williams e fierro no meio-campo, com vinicius pacheco adiantado para o ataque e vagner love.
tudo pronto para um joguinho chinfrim. por sorte, o flamengo marcou seu gol logo no comecinho. se tivesse de trabalhar um pouco mais para chegar lá, te digo que não sei, não. eskanteio pela direita, bola alçada na pequena área, um fuzuê danado, a pelota sobrando no segundo pau para fernando goyas se jogar em cima dela. 1 x 0.
resultado feito, o time relaxou e o jogo esfriou. burokracia ludopedika. esse meio-campo brigador (para enfrentar o poderoso maduras) esteve a brigar até com o objecto espheriko. tocar bola era dureza e acertar o chamado "último passe", ali na entrada da área tricolor, revelou-se tarefa por demais complicada. mesmo o ataque rubro-negro estava desencontrado. vinicius pacheco a jogar de vagner love e vagner love a jogar de adriano imperatore. do primeiro, ao adiantarem sua posição, tiraram-lhe sua malícia em progressão vertical, o que acontece quando ele vem de trás, em movimento veloz, a bola a seus pés. do segundo, ao ser deslocado para dentro da área, tiraram-lhe sua habilidade em buscar as pontas, sempre se mexendo de cá pra lá, de lá pra cá. e o time, assim, perdeu sua mais eficiente subida ao ataque e perdeu sua dupla de frente entrosada entre pivô e ponta.
andrade insistiu com essa formação até meados da segunda etapa. o maduras sem oferecer perigo. loverman a fomear muitas bolas em sequência, visivelmente preocupado com a artilharia-2010. rodrigo alvim entrou no lugar do desgastante & desgastado juan maldonado. fez-se notar apenas pelos pisantes verde-limão e pela p*rrada num adversário, o amarelo ficou barato. a entrada de petkovic foi simplesmente inócua, e nosso amigo gringo agora passa a ser meu mais novo objecto de preocupação. a entrada de ramon não foi grandes cousas. cisca muito, o rapaz. se bem que, numa ciscada, acertou bom passe para vagner love mandar de prima. 2 x 0. ele saiu batendo no peito, mostrando a camisa e reclamando do ceticismo da pouca torcida presente. sem muita razão para tanto. mas parece que o gol, ao menos, lhe fez bem e o artilheiro do amor deixou o campo mais tranquilinho.
nem deve ser muito comemorado o facto de, pela primeira vez no certame, o time não ter levado nenhum gol ao longo de noventa minutos. o maduras não prima pela pontaria. quando até ameaçou dar um cierto calorzinho, no finalzinho, nosso segundo tento - aos quarenta e quatro - fechou a bagaça antes que algo pior acontecesse. é preciso ter isso claro.
a pensar, apenas, que a noite e o adversário frakote teriam sido melhor aproveitados se andrade tivesse agitado um expressinho rubro-negro. tenho a certeza de que, lá no ninho do urubu, tem uma molecada esperta e doidinha pra mostrar serviço.