e te dizer que o flamengo não perdeu por pouco. não perdeu por conta daqueles dois dedinhos do paulo victor que tiraram a pelota da gaveta aos quarenta e quatro do primeiro tempo. não perdeu por conta do travessão que rebateu aquele chute do pipico aos vinte e poucos do segundo tempo.
saímos no lucro do estádio moacyrzão: empate sem gols com o macaé. valendo pela segunda rodada da goanabara-2012.
o clube de regatas do flamengo formou com paulo victor ao gol; gustavo e marlon na zaga, joão felipe pela direita, magal pela esquerda; maldonado com luiz antonio na cabeça de área, darío bottinelli e camacho pelo meio; negueba e jael pro ataque.
o time de aspirantes, reforçado por bottis e luiz antonio, chegou a macaé com moral. parecia embalado. não só pela bensucedida estreia diante do bonsucesso, mas principalmente pelo sentimento difundido na colectividade rubro-negra de que os moleques estão com mais vontade de jogar do que os bacanas do time titular.
mas a vida não é assim tão simples, e nada melhor do que um empate com o macaé pra galera se ligar. um empate que veio depois de noventa minutos em que o flamengo deixou-se dominar quase que por completo pelo seu modesto anfitrião. só no comecinho da segunda etapa conseguimos reagir e até esboçar uma blitz ofensiva. durou uns seis minutos, se tanto.
antes e depois disso, o macaé pegava a bola pra si e não tinha pressa em deixar seu jogo rolar. o domínio macaeano durante a primeira etapa chegou a tal ponto que o flamengo apenas aparecia do lado de lá em ligeiros contraataques. meu chapa, depender de contraataques contra o macaé me parece ser um belo indício de que o time está mal, hein?
o time estava frouxo. havia um buraco imenso entre a defesa (os beques e maldonado) e nosso centroavante solitário (jael). esse buraco antendia por bottinelli, atendia por luiz antonio. não foi um bom jogo pra nenhum dos dois, talvez com os pulmões ainda no altiplano boliviano. camacho também foi parcialmente responsável por esse vácuo no time. porque ele subia ao ataque e por ali embolava com os marcadores. um constante descompasso. (lopes junior quis tapar o rombo com o muralha. de pouco adiantou.)
negueba praticamente era ponta direita. magal, ponta esquerda. na falta de armação, ficavam os dois caboclos, negueba e magal, dando chuveiradas mil. todas inúteis. negueba precisa urgentemente treinar os fundamentos. ele era meio de campo. se querem fazer dele um ponteiro como os de antigamente, que então o ensinem a cruzar direito um raio de uma bola!
de maneira que o macaé sempre esteve mais acertadinho. valia-se da fragilidade da nossa dupla de galalaus (gustavo e marlon). o paulo victor teve trabalho dobrado. e o tal do pipico estava a mil. pipico causou alvoroço na nossa direita, em cima do joão felipe, até eles perceberem que magal subia demais ao ataque. então pipico foi causar alvoroço na esquerda. tivesse o macaé se dado conta disso um pouco mais cedo, talvez a história fosse outra.
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