inkrivel como me faltam perspicácia, malícia, malandragem.
quando o professor luxerley tirou ronaldinho gaúcho & thiago neves do crássico de domingo, aos quarenta e um do segundo tempo, não entendi lhufas do que ali se passava. ou antes: entendi apenas como um erro, mais um erro de lux, uma mexida atrasada, tardia, extemporânea, num jogo que já estava indo pro saco.
mas luxerley é um tanto mais esperto que eu. mais malandro mesmo, no pior sentido.
a repercussão na imprensa dessa troca, ao longo do dia de ontem, me esclareceu um par de cousas. deixou evidente o quanto peçonhento pode ser este senhor, vanderlei luxemburgo, que tirou o gaúcho só para poder queimá-lo. pois, ao sair de campo, o camisa dez da gávea pôde ouvir de maneira bem privilegiada as vaias que estalaram das arquibancadas. ele ouviria as vaias do mesmo jeito, minutos mais tarde, se continuasse em campo até o apito final. mas então seriam vaias colectivas, diluídas. saindo mais cedo, recebeu para si uma exclusividade.
tá aqui o primeiro resulado dessa atitude: um disque denúncia contra o gaúcho.
defendi o ronaldinho gaúcho aqui neste espacinho diversas vezes. por não achar que ele estava jogando tão mal quanto se dizia, assim como nunca jogou tão bem quanto falavam dele se por acaso jogasse bem aqui ou ali. e por ter certeza de que aquele gaúcho de cinco, seis anos atrás, já foi, já era, nunca mais. defendi várias vezes o ronaldinho gaúcho porque ele está longe de ser o principal problema do clube de regatas do flamengo. podem me ter como maluko, mas ainda sou mais ele do que o gérson magrão, do que o walter minhoca, para citar dois camisas dez rubro-negros de tempos recentes.
e a atitude de vanderlei luxemburgo neste domingo, creio, comprova isso mais uma vez. ronaldinho gaúcho ainda está longe de ser nosso pior problema.
terça-feira, 21 de junho de 2011
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